SAÚDE

Faustão: saiba como funciona a fila de espera por um transplante cardíaco

O apresentador pode esperar entre 2 a 3 meses para conseguir o transplante

A doação de órgãos e a fila de transplante cardíaco no Brasil voltaram a ser assunto nesta semana devido à condição de saúde do Faustão, que está internado por insuficiência cardíaca e necessita de um transplante.

Porém, a fila de espera para o transplante cardíaco é muito maior do que o número de doadores, e é possível que o apresentador aguarde entre 2 ou 3 meses até o transplante.

Hoje, a doação de órgãos possui algumas regras, sendo possível doar um dos rins, parte do fígado, pulmão e medula óssea.

Caso o doador tenha falecido por morte encefálica que não tenha sofrido parada cardiorrespiratória, é possível doar coração, pulmões, fígado, pâncreas, intestino, rins, córnea, vasos, pele, ossos e tendões.

Saiba mais sobre o assunto e como funciona a fila de espera para um transplante cardíaco a seguir.

Entenda o caso do Faustão e como funciona a fila de transplante cardíaco

O apresentador Fausto Silva, também conhecido como Faustão, de 73 anos, deverá passar um transplante cardíaco devido ao agravamento do seu quadro de saúde.

Ele está internado desde o dia 5 de agosto para tratamento de um quadro de insuficiência cardíaca, e de acordo com o boletim médico do hospital Albert Einstein, o apresentador está em diálise, necessitando de medicamentos para ajudar na força de bombeamento do coração.

Devido às suas condições físicas, o quadro de saúde do apresentador é considerado prioritário para transplante de coração, e de acordo com a média estimada pelo HCor, é possível que ele espere entre 2 a 3 meses pelo transplante. Porém, quando o risco é menor, o tempo de espera pode chegar a 18 meses.

Sobre a fila de espera, existem duas, onde uma é regular e a outra é prioritária. A regular é composta por pacientes estáveis, que não estão dependentes de medicamentos e que não precisam de internação por um longo período.

Já a prioritária é composta por pacientes com grave piora, que dependem de medicamentos para a manutenção da pressão arterial, além da dependência de aparelhos para auxiliar nas funções cardíacas, sinais de falência dos órgãos e insuficiência renal.

No Brasil, os transplantes de órgãos são regulamentados pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT), do Ministério da Saúde, sejam eles custeados pelo SUS, por planos de saúde ou pagos pelo paciente.

Nesse sentido, o paciente só entra na fila após a avaliação do estado de saúde, para assim ser classificado na lista regular ou prioritária.

Por que a fila de espera é tão grande?

Um dos pontos que merecem destaque aqui é que cada estado organiza a sua própria lista, a qual é monitorada pelo SUS e outros entes federais. Assim, a fiscalização é feita para que ninguém conste duas vezes nas listas.

Além disso, também é importante ressaltar que a fila funciona por ordem cronológica de inscrição, mas também considera aspectos como gravidade do quadro de saúde, compatibilidade sanguínea e genética do doador e receptor do novo órgão.

Segundo a matéria da CNN e a Central Nacional de Transplantes (CNT), a fila de espera para transplantes do coração no Brasil é de 386 pessoas.

Somente no primeiro semestre de 2023, foram realizados 244 transplantes cardíacos, apresentando um aumento de 16% quando comparado o mesmo período no ano passado.

Contudo, um dos maiores problemas quando falamos sobre transplante cardíaco é a falta de doares, que acaba alongando a fila de espera. Ou seja: o Brasil possui menos doadores do que o necessário, onde o número de brasileiros na fila está muito aquém para haver a diminuição da fila.

Quanto tempo uma pessoa pode viver após um transplante cardíaco?

Embora haja todas essas problemáticas e a longa fila de espera, um paciente transplantado pode viver entre 15 e 20 anos após a cirurgia.

Inclusive, há dados do SNT que apontam que o índice médio de sobrevida, depois de um ano de transplante, é de 70% para o enxerto e para o paciente.

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