Quais são os efeitos do calor excessivo no corpo humano?
O Brasil enfrenta uma preocupante onda de calor, com temperaturas recordes em todas as regiões.
Segundo MetSul, prevê-se que as próximas semanas superem significativamente as médias históricas, com potencial para quebra de recordes.
Já a Climatempo alerta para a quarta onda de calor deste segundo semestre, possivelmente mais intensa que as anteriores. Cidades como Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Cuiabá podem registrar temperaturas acima de 40°C.
Por que o Brasil está tão quente?
A onda de calor que afeta o Brasil é causada por uma massa de ar excepcionalmente quente que se formou sobre o país, impedindo a entrada de frentes frias e de chuvas.
Esse fenômeno é influenciado pelo aquecimento global, que eleva a temperatura média do planeta e torna os eventos extremos mais frequentes e intensos.
Além disso, o Brasil está passando por uma grave crise hídrica, com os reservatórios das hidrelétricas em níveis críticos e o risco de racionamento de energia.
A falta de chuva reduz a umidade do ar e favorece a propagação de incêndios florestais, que contribuem para o aumento da poluição e do efeito estufa.
Quais são os efeitos do calor excessivo no corpo humano?
O corpo humano precisa manter uma temperatura interna constante, em torno de 37°C, para funcionar adequadamente.
Quando o corpo é exposto a temperaturas extremas, ele passa por uma série de adaptações fisiológicas para regular a temperatura interna, como a dilatação dos vasos sanguíneos e a produção de suor.
No entanto, quando o calor é muito intenso e prolongado, esses mecanismos podem não ser suficientes e o corpo pode entrar em estresse térmico, ou seja, uma situação em que a temperatura interna sobe acima do normal e pode causar danos aos órgãos e sistemas vitais.
O estresse térmico pode se manifestar de diferentes formas, dependendo da gravidade e da duração da exposição ao calor. Os principais sintomas são:
- Cãibras: contrações musculares involuntárias e dolorosas, causadas pela perda de sais minerais pelo suor;
- Desidratação: perda excessiva de água e sais minerais pelo organismo, que pode provocar sede, boca seca, dor de cabeça, tontura, fraqueza, náusea e vômito;
- Exaustão pelo calor: quadro de desidratação grave, que pode causar queda da pressão arterial, aumento da frequência cardíaca, pele fria e úmida, sudorese intensa, confusão mental, desmaio e convulsão;
- Insolação: quadro de hipertermia, ou seja, aumento da temperatura corporal acima de 40°C, que pode causar pele seca e vermelha, ausência de suor, respiração ofegante, taquicardia, alteração da consciência, delírio, coma e morte.
Como se proteger do calor excessivo?
A exposição ao calor excessivo pode ser evitada ou minimizada com algumas medidas simples, como:
- Beber bastante água e sucos naturais, para manter a hidratação e repor os sais minerais perdidos pelo suor;
- Evitar bebidas alcoólicas, cafeinadas e açucaradas, que podem aumentar a desidratação e a produção de calor pelo organismo;
- Usar roupas leves, claras, soltas e de tecidos naturais, que facilitam a transpiração e a troca de calor com o ambiente;
- Usar protetor solar, chapéu, óculos escuros e guarda-sol, para se proteger da radiação solar e evitar queimaduras e insolação;
- Evitar atividades físicas intensas e prolongadas, especialmente nos horários de pico do calor, entre 12 e 16 horas;
- Buscar locais frescos, ventilados e sombreados, para reduzir o estresse térmico e o risco de hipertermia;
- Usar ventiladores, ar-condicionado ou borrifadores de água, para aumentar a sensação de frescor e diminuir a temperatura corporal;
- Ficar atento aos sinais de alerta do corpo, como sede, cansaço, tontura, náusea e dor de cabeça, e procurar ajuda médica em caso de sintomas graves, como confusão mental, desmaio, convulsão e febre alta.
É importante se informar sobre as previsões do tempo, seguir as orientações das autoridades e adotar medidas de prevenção e proteção contra o calor excessivo.
Assim, é possível evitar complicações e garantir o bem-estar e a qualidade de vida da população.