Você já reparou que algumas pessoas têm o hábito de balançar as pernas sem parar quando estão sentadas? Esse movimento pode ser um sinal de ansiedade, estresse ou até mesmo um distúrbio neurológico.
Balançar as pernas é uma forma de aliviar a ansiedade
Balançar as pernas é uma reação inconsciente, que demonstra o nível de ansiedade da pessoa naquele momento.
Ocorre geralmente enquanto se está sentado, seja ouvindo a uma palestra, aguardando em uma sala de espera ou até em uma roda de conversa.
E o que é a ansiedade?
A ansiedade é uma emoção normal, que nos prepara para enfrentar situações desafiadoras ou ameaçadoras.
No entanto, quando ela se torna excessiva ou frequente, pode causar sofrimento e interferir na qualidade de vida.
Quando estamos ansiosos, nosso corpo produz adrenalina, um hormônio que nos deixa em estado de alerta e prontos para reagir. Se não gastamos essa energia, ela se acumula e pode gerar movimentos involuntários, como o balançar de pernas.
Além disso, balançar as pernas pode ser uma forma de liberar endorfinas, substâncias que causam sensação de bem-estar e prazer.
Desse modo, o movimento pode funcionar como uma espécie de automedicação, que alivia temporariamente a tensão e o nervosismo.
Tal ato pode indicar um distúrbio neurológico
Balançar as pernas também pode ser um sintoma de um distúrbio neurológico chamado Síndrome das Pernas Inquietas (SPI).
Essa condição se caracteriza por uma vontade irresistível de mover as pernas, acompanhada de sensações desagradáveis, como formigamento, coceira ou dor.
A SPI costuma se manifestar mais à noite, quando a pessoa está deitada ou tentando dormir. Por isso, pode prejudicar a qualidade do sono e causar cansaço, irritabilidade e dificuldade de concentração durante o dia.
A causa da SPI ainda não é totalmente conhecida, mas pode estar relacionada a fatores genéticos, deficiência de ferro, uso de certos medicamentos, gravidez, doenças renais ou neurológicas, entre outros.
Como lidar com o balançar de pernas?
Se o balançar de pernas for um hábito ocasional, que não causa incômodo ou interferência na rotina, não há motivo para preocupação.
No entanto, se for um sinal de ansiedade excessiva ou de SPI, é importante procurar ajuda profissional.
O tratamento da ansiedade pode envolver psicoterapia, medicamentos, técnicas de relaxamento, exercícios físicos, alimentação saudável e outras estratégias que ajudem a controlar os pensamentos e as emoções.
O tratamento da SPI pode incluir medicamentos que atuam no sistema nervoso, suplementos de ferro, massagens, alongamentos, compressas quentes ou frias, e mudanças nos hábitos de sono.
Em ambos os casos, é fundamental buscar orientação médica para obter um diagnóstico correto e um acompanhamento adequado.
