SAÚDE

Como os medicamentos antidepressivos ajudam na depressão?

Entenda como os antidepressivos funcionam e como lidar com seus efeitos colaterais no corpo.

A depressão é um transtorno mental que afeta milhões de pessoas no mundo todo.

Ela se caracteriza por uma tristeza persistente, perda de interesse pelas atividades, alterações no sono e no apetite, sentimentos de culpa, baixa autoestima e até pensamentos suicidas.

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De acordo com a OMS, em 2017, cerca de 5,8% da população brasileira sofria de depressão.

Nesse aspecto, esta condição de saúde pode ter várias causas, como fatores genéticos, ambientais, psicológicos e biológicos.

Afinal, como os antidepressivos funcionam?

Uma das formas de tratamento da depressão é o uso de medicamentos chamados antidepressivos.

Eles atuam no sistema nervoso central, alterando e corrigindo a transmissão neuroquímica nas áreas do cérebro que regulam o humor. Os antidepressivos aumentam os níveis de neurotransmissores, como a serotonina e a noradrenalina, que estão relacionados com as emoções e o humor.

Quais os tipos de antidepressivos?

Existem vários tipos de antidepressivos, que se diferenciam pela forma como atuam nos neurotransmissores. Os principais são:

  • Inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS): são os mais usados atualmente, pois têm menos efeitos colaterais do que os outros. Eles impedem que a serotonina seja reabsorvida pelos neurônios, aumentando sua disponibilidade na sinapse. Exemplos: fluoxetina, sertralina, escitalopram, paroxetina.
  • Inibidores seletivos da recaptação de serotonina e noradrenalina (ISRSN): também conhecidos como duais, eles agem tanto na serotonina quanto na noradrenalina, podendo ser mais eficazes em casos de depressão grave. Exemplos: venlafaxina, duloxetina, desvenlafaxina.
  • Inibidores da monoaminoxidase (IMAO): são os mais antigos e os menos usados, pois podem causar interações graves com outros medicamentos e alimentos. Eles bloqueiam a enzima que degrada os neurotransmissores, aumentando sua concentração no cérebro. Exemplos: fenelzina, tranilcipromina, moclobemida.
  • Antidepressivos tricíclicos (ATC): são os segundos mais antigos e também têm muitos efeitos colaterais. Eles inibem a recaptação de vários neurotransmissores, como a serotonina, a noradrenalina e a dopamina. Exemplos: amitriptilina, clomipramina, imipramina.

Efeitos colaterais destes medicamentos

Os antidepressivos podem causar diversos efeitos colaterais, que variam de acordo com o tipo do medicamento, a dose usada e a sensibilidade de cada pessoa. Os efeitos mais comuns são:

  • Náusea
  • Tontura
  • Boca seca
  • Constipação intestinal
  • Visão turva
  • Taquicardia
  • Sudorese
  • Tremores
  • Alterações no apetite
  • Redução da libido
  • Disfunção sexual
  • Insônia ou sonolência
  • Ansiedade ou agitação
  • Cefaleia

Esses efeitos tendem a diminuir ou desaparecer com o tempo, conforme o organismo se adapta ao medicamento.

No entanto, alguns podem persistir ou se agravar, exigindo uma avaliação médica para ajustar a dose ou trocar o remédio.

Como lidar com os efeitos colaterais desta medicação?

Algumas dicas para lidar melhor com os efeitos colaterais dos antidepressivos são:

  • Tomar o medicamento conforme a prescrição médica, sem aumentar ou diminuir a dose por conta própria.
  • Informar ao médico sobre qualquer reação adversa que ocorra durante o tratamento.
  • Não interromper o uso do medicamento abruptamente, pois pode causar sintomas de abstinência.
  • Evitar o consumo de álcool e outras drogas que possam interferir na ação do antidepressivo ou potencializar seus efeitos colaterais.
  • Manter uma alimentação saudável e equilibrada, evitando alimentos que possam causar interações com o antidepressivo, como queijos, embutidos, chocolate e café.
  • Praticar atividades físicas regularmente, pois elas ajudam a liberar endorfinas, que melhoram o humor e o bem-estar.
  • Buscar apoio psicológico, familiar e social, pois eles são fundamentais para a recuperação da depressão.

Assim, os antidepressivos são medicamentos que podem ajudar a tratar a depressão, mas que também podem causar efeitos colaterais.

Por isso, é importante seguir as orientações médicas e não se automedicar. Além disso, é preciso ter paciência e persistência, pois os antidepressivos demoram algumas semanas para fazer efeito e podem exigir ajustes na dose ou na escolha do remédio.

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